domingo, dezembro 12, 2010

Graduação em Administração

Logística Integrada de Recebimento e Expedição


Ana Cristina Carneiro de Almeida[1]
Fabiana Santos Machado
Lucas Bastos Góes Morato de Faria
Vanilda Ferreira Resende



Resumo
A logística é considerada pelas organizações, uma ferramenta fundamental de gestão e, é usada de forma estratégica para atingir e sustentar a vantagem competitiva empresarial. Pois, a mesma auxilia na tomada de decisão, uma vez que planeja, implementa e controla, de forma eficiente e eficaz, a armazenagem de bens e serviços,  a expedição, o fluxo reverso, assim como, o fluxo de informações relacionadas, entre o ponto de origem e o ponto de consumo, com o propósito de atender às necessidades dos clientes. Este artigo tem como objetivo abordar aspectos teóricos e técnicos promovendo uma reflexão sobre a importância da logística integrada para as organizações, bem como, os processos de gestão utilizados pela a mesma para melhorar a rentabilidade e ao mesmo tempo tentar satisfazer às necessidades dos clientes. O procedimento metodológico foi obtido através de pesquisas exploratórias. De acordo, com a análise do artigo, concluiu-se que a logística integrada é uma ferramenta essencial para o sucesso das organizações, pois, esta fornece aos clientes entregas de produtos precisas e dentro de prazos pré-estabelecidos, além de eliminar do processo tudo que não tenha valor para o cliente, ou seja, tudo que acarreta custo e perda de tempo. Dessa forma, os processos logísticos (abastecimento, planta, distribuição e reversa), devem trabalhar sempre de forma harmônica, se aperfeiçoando e interagindo o sistema como um todo, minimizando os custos e, consequentemente, suscitando valor para o cliente, como condição e otimização do resultado econômico para a continuidade e desenvolvimento da organização.


Palavras Chaves: logística, processos, redução de custos, competitividade.


1.      Introdução
O ambiente organizacional moderno está cada vez mais competitivo e globalizado a fim de atender as necessidades dos clientes que estão cada vez mais exigentes. Para isso, utiliza os frutos do desenvolvimento tecnológico tanto na geração de bens e serviços quanto nos meios de comunicação. Com a finalidade de reduzir custos, melhorar seu desempenho, eliminar o desperdício e otimizar o tempo, as empresas estão aperfeiçoando sua logística integrada.
Com base em estudos bibliográficos e pesquisas exploratórias da internet, verificou-se a importância da logística no processo organizacional, sendo considerada como função estratégica. Assim, inicia-se este trabalho apresentando diversos conceitos de logística e seus objetivos. Em seguida, dar-se ênfase aos seus processos de abastecimento, planta, distribuição e logística reversa, abordando diversos fatores que contribuem para o bom funcionamento da organização, desde a fase de aquisição da matéria-prima até a distribuição do produto acabado ao consumidor final. Destaca-se a importância da escolha apropriada dos meios de transportes, de acordo com o ramo da empresa e, como estes modais contribuem para redução dos custos logísticos, buscando atender da melhor forma as necessidades dos clientes.  
Por fim, pretende-se mostrar como a logística integrada faz parte do dia-a-dia das grandes corporações e como as atividades inerentes aos processos logísticos são fundamentais para que todas as tarefas pertencentes aos mesmos sejam desenvolvidas com eficiência e precisão.

2. Conceituação e Objetivos da Logística
São vários os termos usados para denominar a logística, tais como: Distribuição Física, Administração de Materiais, Logística de Marketing e Cadeia de Abastecimento, entre outros.
Segundo Arnold, 1999, p. 375: “a distribuição física é o transporte dos materiais a partir do produtor até o consumidor. É de responsabilidade da área de distribuição, que faz parte de uma administração integrada de materiais ou sistemas de logística”. Complementando o conceito anterior, Christopher (1997, p.2): afirma que a logística é:
O processo de gerenciar, estrategicamente, a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas) por meio da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades, presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo.
Porém, nos dias atuais, o conceito mais propagado é a do Conselho dos Profissionais de Gestão da Cadeia de Suprimentos (2005):
A logística é a parte do processo da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla, de forma eficiente e eficaz, a expedição, o fluxo reverso e a armazenagem de bens e serviços, assim como o fluxo de informações relacionadas, entre o ponto de origem e o ponto de consumo, com o propósito de atender às necessidades dos clientes.
Cabe explicar o que é a cadeia de suprimentos e o fluxo reverso. A primeira é formada por organizações que mantém relações mútuas do inicio ao final da cadeia logística, agregando valor aos produtos e serviços desde os fornecedores até o consumidor final, envolvendo todo o planejamento e o gerenciamento das atividades correlatas. Já o fluxo reverso, refere-se aos processos de reciclagem, reutilização e retorno dos produtos, visando recuperar insumos diversos. Explanar-se-á mais sobre a logística reversa no item 4 deste artigo.
Recentemente, a logística era considerada apenas como suporte operacional e de marketing, realizando funções de transportar, armazenar e disponibilizar bens para os processos de transformação e consumo. Em alguns casos, era vista como responsável por gerar custos e diminuir os lucros. Hoje, tornou-se uma questão comercial e as empresas assumem que são justamente os seus custos que proporcionam rentabilidade à organização, sendo considerada uma ferramenta fundamental e estratégica para atingir e sustentar a vantagem competitiva empresarial.
Em um contexto altamente competitivo, com pressões em níveis mundiais, em que o ambiente, assim como os processos empresariais, vem passando por grandes transformações, a logística é um conceito em constante evolução, atrelado à busca de ganhos de competitividade e níveis de custos reduzidos, em função do desafio global e da necessidade de agir de modo rápido, frente às alterações ambientais.
O ambiente atual em que a logística está inserida envolve vários fatores relevantes: mercados turbulentos que se modificam rapidamente e são imprevisíveis; nichos de mercados altamente fragmentados em vez de mercados de massa; altas taxas de inovação tecnológica em produtos e processos; menor ciclo de vida dos produtos, bem como crescimento da demanda por produtos personalizados (customização em massa); distribuição de soluções completas aos clientes, inclusão de produtos e serviços, com exigências de preços reduzidos, qualidade superior e serviços adicionais, além da cooperação e colaboração entre os parceiros em uma cadeia de suprimentos. As tendências são: modelos colaborativos baseados no conhecimento, produtos flexíveis e integração de processos complexos. (Faria e Costa, 2007, p. 1).

Conforme explanado, entende-se que o objetivo da logística é atender as necessidades do cliente nos mais variados tipos de serviços por ele exigido, para isso, é preciso entregar o produto certo, no lugar certo, no momento certo, nas condições certas e pelo custo certo. Esses objetivos foram criados por Edward Grosvenor Plowman que os define como os cinco certos de um sistema logístico.
Neste panorama, surge a logística integrada, vista como um conjunto de atividades e procedimentos integrados, cujo propósito é aperfeiçoar o sistema como um todo, minimizando os custos e, consequentemente, suscitando valor para o cliente, como condição e otimização do resultado econômico e prosseguimento da organização.

3. Processos e Custos Logísticos
Nos dias atuais, a logística é considerada uma importante atividade econômica. As organizações passaram a encará-la como uma atividade estratégica, ferramenta gerencial e fonte potencial de vantagem competitiva, pois, permite viabilizar os negócios, não apenas por aproximar as partes (vendedores e compradores), mas, principalmente, para reduzir drasticamente custos com materiais e sua movimentação. De acordo com o Instituto dos Contadores Gerenciais – IMA (1992): “Os custos logísticos são os custos de planejar, implementar e controlar todo o inventário de entrada (inbound), em processo e de saída (outbound), desde o ponto de origem até o ponto de consumo”. A logística se preocupa em encontrar o caminho mais ágil e econômico para juntar demanda e oferta, permitindo preços acessíveis, dentro dos prazos e dos padrões exigidos pelo cliente. O uso cada vez mais intensificado das tecnologias de informação é um importante aliado dos processos logísticos e proporcionam dentre outras coisas: gerenciar de forma integrada e eficiente os estoques, a armazenagem, o transporte, o processamento, os pedidos, as compras e a produção. Neste contexto, pode-se considerá-la como um macroprocesso, composto por quatro processos básicos: Abastecimento, Planta, Distribuição e Reversa.

3.1. Logística de Abastecimento/Recebimento
Esse processo engloba as atividades realizadas para disponibilizar os materiais e componentes (nacionais e importados) necessários à produção ou a distribuição, utilizando técnicas de armazenagem, movimentação, estocagem, transporte e fluxo de informações. A principal preocupação está relacionada ao processo de obtenção dos materiais e controle de estoques em diversos locais (espaços e sistemas de armazenagem). Faria e Costa (2007, p. 23) explica bem como ocorre esse processo:
Este processo compreende as relações com o ambiente, no que diz respeito à obtenção aos insumos, no país e no exterior, envolvendo as atividades realizadas, desde o ponto de origem (fornecedores) até a sua entrega no destino (empresa). Após o recebimento dos insumos, estes são armazenados, e apenas serão disponibilizados quando da sua solicitação à produção ou às vendas. Engloba, basicamente, os subprocessos de armazenagem e de transporte. O subprocesso de armazenagem envolve as atividades de recebimento, inspeção, movimentação interna e estocagem; e o subprocesso de transporte corresponde ao deslocamento externo dos insumos obtidos dos fornecedores até a empresa.
Toda atividade envolve custos, sendo assim, pode-se citar como exemplos de custos no processo de abastecimento: transportes, seguros e embalagens, entre outros. Tais custos são agrupados aos materiais adquiridos. “Usualmente, no Brasil, a maioria dos fornecedores embute em seu preço os custos logísticos associados aos subprocessos de armazenagem/movimentação de materiais e transporte”. (de Faria e da Costa, 2007, p. 141).
No Brasil, o custo de transporte merece destaque especial, pois o mesmo representa um dos maiores problemas na identificação dos custos logísticos de abastecimento, sendo responsável, ao mesmo tempo, por absorver cerca de 2/3 do total dos custos logísticos. Segundo Faria e Costa (2007, p. 141 e 142) a questão de identificação dos custos pode ser explicada da seguinte forma:
A maioria das empresas não tem a informação do frete de compra segregada do valor do material (que é contabilizado no estoque – ativo), pois a maioria dos fornecedores de materiais nacionais não destaca essa informação na nota fiscal e, quando esta informação existe, encontra-se na área de compra, pois muitos materiais são adquiridos com preços negociados, incluindo o valor de frete e seguro, dependendo dos termos de negociação.
Na ausência da informação do valor do frete da compra por parte do fornecedor, uma das soluções é a instalação do Milk Run, sendo este um sistema de coleta e entrega de materiais que os clientes, no intuito de minimizar seus custos, ajustam com os fornecedores seus preços, assumindo assim, a responsabilidade pela coleta do produto, bem como, os custos pelo frete e seguro.
Pode-se mencionar como vantagens do sistema Milk Run: redução de inventário, e na movimentação do material, eliminação de desperdício, aumento no controle e na disciplina dos processos, aumento na flexibilidade e velocidade de reação (resposta rápida). Atualmente, utiliza-se uma tática para reduzir os custos de recebimento, alinhada ao Milk Run e Just in Time. Tal estratégia é conhecida como Times Windows (Janela de Entrada). Esta consiste no estabelecimento de horários para que os fornecedores possam entregar os materiais, anteriormente, negociados com a empresa. Essa iniciativa garante o recebimento das peças em horários pré-estabelecidos.
Ainda na busca por redução dos custos, algumas empresas adotaram o sistema denominado Efficient Consumer Response (ECR) – tal sistema transmite, por meio eletrônico, dados, padronização do transporte e pesquisas dos hábitos de compra do consumidor, esse sistema tem como base a informação. A mesma é transmitida em tempo real para o fabricante (chegando até a linha de produção) no momento em que o estoque do varejo baixa até determinado nível (estoque de segurança do cliente). O ECR permite que cliente mantenha em estoque somente o que venderá nas próximas horas, ao mesmo tempo, que o fornecedor produza apenas o que é necessário. Serve para substituir o “velho” Kanban – cartões de sinalização (coloridos) utilizados para o controle de estoque nas indústrias – é conhecido como um tipo de Just in Time de última geração.
A utilização do sistema ECR permite o aumento da eficiência no processo do planejamento da gestão logística. Segundo Coronado (2007, p. 105) esse sistema:
Possibilita amarrações no que tange às quantidades e preços e é ajustados com os parceiros na cadeia de suprimentos, fornecedores e clientes, proporciona confiabilidade no planejamento de resultados das áreas e fornece aos gestores informações para sua elaboração, contando com a fidelidade das partes na cadeia.
A aplicação do ECR via EDI (Intercâmbio Eletrônico de Dados) apresenta as seguintes vantagens: ampliação das vendas e redução dos índices de devolução de produto e da falta do item no estoque; adequação dos estoques à demanda; redução das quebras de mercadorias por danos ou roubos; comprometimento entre o cliente e o fornecedor quanto à confiabilidade das informações do estoque de cada unidade; realização de inventários periódicos com a finalidade de comparar o estoque físico com o contábil (que circula no meio eletrônico).

3.2. Logística de Planta, Interna ou Operativa
Esse processo abrange todas as atividades executadas no suporte logístico à produção, englobando todo o fluxo de materiais e componentes na fabricação dos produtos em processo, até a entrega dos produtos acabados para a logística de distribuição. Cabe ressaltar que a logística de planta envolve, também, os subprocessos de armazenagem e transporte. É importante manter a integração dos macroprocessos – armazenagem, planta, distribuição e logística reversa, pois a celeridade no fluxo de informações e materiais proporciona maior eficiência no recebimento e armazenagem dos produtos, com uma otimização em sua distribuição física que atende às necessidades dos clientes.
Conforme relatado acima, toda atividade envolve custos. No processo de planta, além dos gastos com lotes, planejamento, programação e controle da produção, há principalmente, custos com: manutenção dos inventários de produtos em processo; custos referentes à armazenagem, manuseio e movimentação dos produtos em acabamento na planta (mão-de-obra e depreciação de equipamentos); embalagens e dispositivos de movimentação. Normalmente, tais custos acontecem no decorrer da execução das atividades classificadas como de planta/produção – entrada de materiais até a saída dos produtos acabados. Em suma, Faria e Costa (2007 p. 149) esclarecem:
Os custos com Planejamento, Programação e Controle da Produção são gastos inerentes à sincronização das entradas (materiais) para que as necessidades de saídas (produtos) sejam atendidas. Devem considerar os gastos com a mão-de-obra do pessoal responsável por exercer esta atividade, bem como os gastos com sistemas utilizados (tecnologia da informação). O problema dessas atividades é determinar “quando”, “onde” e “quanto” deve ser produzido, observadas a capacidade instalada de produção, assim como a de vendas, níveis de inventário, armazenagem, modos de transportes, suas restrições, etc.
Na busca pela redução dos referidos custos, a técnica Just in Time – sistema que ajusta com maior precisão a entrega das peças pelo fornecedor, conforme a programação e seqüenciamento da produção, garantindo o fornecimento com inventário reduzido – está sendo bastante utilizada por empresas industriais.

3.3.  Logística de Distribuição/Expedição
A logística de distribuição é parte do processo que envolve as ações com marketing (produto, preço, promoção e distribuição). Essa atividade é de extrema importância, especialmente, em empresas comerciais e industriais. Seu início dar-se com o subprocesso de armazenagem, recebendo e estocando os materiais vindos das unidades de produção; e da embalagem, normalmente, adquiridas de terceiros. A 1ª fase desse processo começa com a solicitação de vendas. O setor de vendas/marketing recebe o pedido e o associa a um sistema de informação, a fim de verificar o estoque disponível e o crédito do cliente, caso não tenha disponibilidade do produto no estoque, o próprio sistema de informação, executa o pedido de produção do referido produto em falta. Posteriormente, à efetivação do pedido, inicia-se o processo de distribuição propriamente dito (2ª fase), abrangendo as seguintes atividades: emissão de etiquetas de identificação do cliente e código de barras dos itens a serem separados; segregação; conferência; embalagem; emissão do conhecimento de frete; faturamento; consolidação de cargas e expedição. Terminada essa fase, concomitantemente vem a 3ª fase – realizada pelo subprocesso de transporte, abrangendo atividades, tais como: carregamento dos produtos, trânsito até o centro de distribuição regional, separação da carga, transferência cross docking – estratégia logística bastante utilizada no ramo varejista, que consiste no abastecimento das lojas por armazéns centrais, estes atuando como coordenadores no processo de suprimentos e/ou pontos de transbordo para seus pedidos.
O planejamento na distribuição de materiais envolve a hierarquização nos seguintes níveis:
a)      Nível Estratégico – estabelece planos e políticas de base para a atividade da empresa, são decisões gerais que afetam as relações da empresa com o exterior, normalmente, são planejamentos de médio e longo prazo (1 a 5 anos). Os seguintes elementos compõem este nível: serviço ao cliente, locais de fornecimento, tipos e configuração de armazéns, percursos rodoviários alternativos, níveis de estoques, canais de distribuição, locais de procura, modo de transporte, entregas diretas, etc;
b)     Nível Táctico – é a implementação do plano estratégico de forma detalhada, as decisões são localizadas em determinados componentes da distribuição, dependendo da necessidade do momento. Horizonte temporal de curto a médio prazo (6 meses a 1 ano). Neste nível devem ser considerados tais elementos: transporte, armazenamento, administração e acesso a informação;
c)      Nível Operacional – prática detalhada das atividades normais de funcionamento do sistema de distribuição, as decisões são tomadas com base em regras e padrões conhecidos, sendo estas decisões em tempo imediato (no dia-a-dia). São classificados como elementos deste nível: recepção de mercadorias, verificação, armazenamento por grosso, renovação e atualização de estoques, rateamento de mercadorias, disponibilidade de mão-de-obra, controle da documentação, circulação e manutenção de veículos, devoluções, etc.
No planejamento e controle de distribuição, o ciclo das atividades pode ser resumido da seguinte maneira: objetivos (para onde se pretende ir), planejamento (como chegar lá), monitoramento (quando se sabe que se alcançou o objetivo) e feedback (resultado alcançado). Para um melhor desempenho destas atividades há várias alternativas que proporcionam integração entre os sistemas físicos e de informação, dentre elas podem-se destacar:
a)      DPP – Direct Product Profitability – método de atribuição dos custos de distribuição (armazenamento, transporte, etc) a um determinado produto, permitindo o seu monitoramento e acompanhamento da evolução dos referidos custos, bem como, identificando-os por clientes individuais, fornecendo informação útil para definição de estratégias de marketing. O DPP também detecta a área de ineficácia através de uma comparação com um padrão estabelecido por ele mesmo.
b)     MRP – Materials Requirements Planningsoftware de planejamento que tem por objetivo garantir que os materiais necessários estejam disponíveis quando demandados. É também uma técnica de controle de inventário que estabelece a procura de materiais para cumprir a produção planejada.
c)      DRP –Distribution Requirements Planning – utiliza softwares como o MRP para a gestão de fluxo e inventário de materiais (incluindo armazenamento e transporte), fundamenta-se na divisão e estruturação do fluxo de materiais desde o seu fornecimento até o ponto de distribuição final. Possibilitando uma redução dos custos de distribuição e uma melhoria do serviço ao cliente.
d)     JIT – Just in Time – técnica que proporciona a um sistema de produção a eliminação das atividades que não contribuam para o valor acrescentado do produto final e/ou que não interfiram com a continuidade do fluxo de materiais. Tem como objetivos a produção de bens procurados pelos clientes em um dado momento e na qualidade desejada, na tentativa de erradicar o desperdício.
Para ganhar competitividade, as empresas devem proporcionar valor para seus clientes, desempenhando as atividades de modo cada vez mais eficiente, e os custos são inerentes, também, a essa fase do processo. Neste contexto, os custos de distribuição, classificados como custos diretos de vendas, englobam: despesas com promoção e propaganda, custos de transportes, embalagem e armazenagem e outros custos gerais.
A logística de distribuição funciona como um sistema inter-relacionado, onde todas as partes do processo devem funcionar em perfeita harmonia e sincronização dos fluxos de informações, sendo assim, faz imprescindível o alinhamento entre seis atividades fundamentais para o bom atendimento e satisfação do cliente. A saber:
a)      Transporte – envolve diversos métodos de movimentar os produtos fora das dependências da firma. É vital para a vida de qualquer empresa, pois dinamiza como o cliente irá receber o produto pedido, no local de seu comércio sem maiores despesas, além de ser essencial para o deslocamento da matéria-prima bruta (indústrias);
b)     Estoque de Distribuição – abrange todo o estoque de produtos acabados que estão em qualquer ponto do sistema de distribuição. Os estoques criam valor de tempo por colocar o produto próximo aos consumidores;
c)      Depósitos (centros de distribuição) – são usados para armazenar o estoque, a administração de estoques envolve decisões sobre a escolha do local, bem como o números de centros de distribuição;
d)     Manuseio de Materiais – corresponde ao transporte e ao armazenamento das mercadorias dentro do centro de distribuição. O tipo de equipamentos escolhidos para movimentar os materiais compromete a eficiência e os custos operacionais;
e)      Embalagem de Proteção – antes de serem transportadas as mercadorias necessitam ser embaladas, protegidas e devidamente identificadas. As embalagens devem ser proporcionais às dimensões dos espaços de armazenamento e dos veículos de transportes;
f)       Processamento de pedidos e Comunicação – envolve todas as atividades necessárias para atender à solicitação dos clientes. Representa um elemento temporal da entrega, muitos intermediários estão inseridos nesse processo e uma boa comunicação é fundamental para o sucesso do sistema de distribuição.
Arnold (1999, p. 379) resume claramente o papel da administração dentro do processo da logística de distribuição:
O objetivo da administração da distribuição é oferecer o nível exigido de atendimento aos clientes com um mínimo custo total do sistema. Isso não significa que os custos de transporte ou de estoque, ou o custo de qualquer outra atividade deva corresponder a um mínimo, mas que o total de todos os custos deve ser minimizado. O que acontece a uma atividade tem efeito sobre as outras, sobre o custo total do sistema e sobre o nível de atendimento as clientes. A administração deve tratar de todo o sistema e entender as relações estabelecidas entre as atividades.

3.3.1. Canais de Distribuição
A American Marketing Association conceitua canais de distribuição como “a estrutura de unidades organizacionais dentro da empresa e agentes e firmas comerciais fora dela, atacadistas e varejistas, por meio dos quais uma mercadoria, um produto ou um serviço são comercializados”. Ou seja, são organizações interdependentes que em conjunto interagem no processo de tornar o produto ou serviço disponível para uso ou consumo.
Os objetivos e funções dos canais de distribuição variam de acordo com as necessidades e realidade de cada empresa – como ela compete no mercado e da estrutura geral da cadeia de suprimento – sendo assim, podem-se listar os seguintes objetivos considerados como os mais abrangentes: garantir a rápida disponibilidade do produto; intensificar ao máximo o potencial de vendas; buscar cooperação entre os participantes da cadeia de suprimento, garantindo um fluxo de informações concretas e confiáveis; viabilizar a redução de custos.
Geralmente os níveis desse processo são três:
a)      Nível 0: fabricante è consumidor;
b)     Nível 1: fabricante è varejista è consumidor;
c)      Nível 2: fabricante è atacadista è varejista è consumidor.
Entende-se como atacadista o comprador para o varejista, antecipando-se às necessidades deste e facilitando-lhe a tarefa de selecionar e comprar os produtos de que necessita. São funções do atacadista: aceitação dos riscos e custos de estoques (queda de demanda, obsoletismo e deterioração); abastecimento e variedade de produtos provenientes dos fabricantes (ofertando e facilitando a escolha por parte do varejista); financiamento com prazos que podem variar de 30 a 90 dias ao varejista (repassando quase sempre parte do prazo de pagamento que recebe do fabricante); venda aos varejistas (por meio de vendedores internos e externos); transporte (com custos reduzidos ou sem custos adicionais ao varejista); produto para pronta entrega (nem sempre ocorre com o fabricante); armazenamento (necessita de: espaço e investimento de capital); informações sobre o mercado (concorrência, demanda, moda e preços). Já o varejista é aquele que vende para os consumidores finais. Há diversos segmentos de lojas de varejo, tais como: loja de especialidade: uma linha restrita de produtos com uma variedade (vestuário, artigos esportivos, móveis, floriculturas e livrarias); loja de departamentos: várias linhas de produtos (roupas, utensílios domésticos, produtos para o lar, etc); supermercado: operações de auto-serviço, baixo custo, baixa margem e alto volume (alimentação, higiene, limpeza doméstica, etc); loja de conveniência: relativamente pequena, próxima a áreas residenciais, horários prolongados de funcionamento, linha limitada de produtos de conveniência de alta rotatividade, preços mais altos (lanches rápidos, café, guloseimas, bebidas, medicamentos e alimentos); lojas de descontos: mercadorias – padrão vendidas a preços mais baixos, com margens menores e volume maior (livrarias, produtos eletrônicos, artigos esportivos).
Em suma, os canais de distribuição devem atuar de forma harmônica entre si e seguir um determinado planejamento, sendo este, de fundamental importância para o bom desempenho da organização. O planejamento deve especificar o papel da distribuição dentro do mix de marketing, selecionar o tipo de canal bem como, o número de intermediários e de empresas específicas para distribuir o produto.

4. Logística Reversa
A logística reversa é o processo de planejamento e controle de fluxo de matéria-prima, estoque em processo e produtos acabados e seu fluxo de informação do ponto de consumo ou manuseio até o ponto de origem. A empresa nesse cenário passa a ter responsabilidade pelo retorno do produto a própria instituição, quer para reciclagem, quer para descarte. Este processo combina as atividades da logística clássica com as atividades da logística conservadora, executando atividades de reciclagem e controle, as quais preservam o meio ambiente e conservam as matérias primas.
“O processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e de baixo custo de matérias primas, estoque em processo, produto acabado e informações relacionadas, desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o propósito de recuperação de valor ou descarte apropriado para coleta e tratamento de lixo”. (Rogers e Tibben-Lembke -1999).

O gerenciamento das operações que compõem o fluxo reverso faz parte da Administração da Recuperação de Produtos – Product Recovery Management (PRM). O PRM é definido como “o gerenciamento de todos os produtos, componentes e materiais usados e descartados, tendo como objetivo a recuperação, tanto quanto possível, de valor, econômico e ecológico, dos produtos, componentes e materiais” (Thierry et al., APUD Krikke: 1998, p. 11-20) e tem como principais áreas:
a)      Tecnologia – nesta área estão incluídos desenho do produto, tecnologia de recuperação e adaptação de processos primários;
b)     Marketing – diz respeito à criação de boas condições de mercado para quem está descartando o produto e para os mercados secundários;
c)      Informação – Diz respeito à previsão de oferta e demanda, assim como à adaptação dos sistemas de informação nas empresas;
d)     Organização – distribui as tarefas operacionais aos vários membros de acordo com sua posição na cadeia de suprimentos e estratégias de negócios;
e)      Finanças – Inclui o financiamento das atividades da cadeia e a avaliação dos fluxos de retorno;
f)       Logística Reversa e Administração de Operações – gerenciamento das operações que compõem o fluxo reverso.
Diversas empresas empregam uma ou mais opções de PRM. Por conseguinte, seu sistema de logística reversa deverá ser delineado de acordo com a(s) opção(ões) de PRM empregadas. O adequado planejamento e organização da logística reversa são fundamentais para o bom andamento do PRM.
Tabela 1: Resumo de opções de recuperação de produtos
 (Krikke, 1998, p. 35).
Opções de PRM
Nível de Desmontagem
Exigências de Qualidade
Produto Resultante
Reparo
Produto
Restaurar o produto para pleno funcionamento
Algumas partes reparadas ou substituídas
Renovação
Módulo
Inspecionar e atualizar módulos críticos
Alguns módulos reparados ou substituídos
Remanufatura
Parte
Inspecionar todos os módulos/partes e atualizar
Módulos/partes usados e novos em novo produto
Canibalização
Recuperação seletiva de partes
Depende do uso em outras opções de PRM
Algumas partes reutilizadas, outras descartadas ou para reciclagem.
Reciclagem
Material
Depende do uso em remanufatura
Materiais utilizados em novos produtos

O reaproveitamento e remoção de refugo e a administração de devoluções fazem parte diretamente da logística reversa. O primeiro analisa e gerencia a maneira como os subprodutos do processo produtivo deverão ser rejeitados ou reincorporados ao processo. Além do refugo causado em seu próprio processo produtivo, o fabricante esta sendo responsabilizado pelo produto até o final de sua vida útil. A administração de devoluções envolve o retorno dos produtos à empresa vendedora por motivo de defeito, excesso, recebimento de itens incorretos ou outras razões.
Embora, muitas empresas saibam da importância que o fluxo reverso representa, a maior parte delas tem problemas ou desinteresse em implantar o gerenciamento da logística reversa. A ausência de sistemas informatizados que se agreguem ao sistema existente de logística tradicional, a dificuldade em medir o impacto dos retornos de produtos e/ou materiais, com o consequente desconhecimento da necessidade de controlá-lo, o fato de que o fluxo reverso não representa lucros, mas custos e como tal recebem escassas ou nenhuma prioridade nas empresas.  Por esses motivos abordados algumas empresas preferem não implantar a logística reversa.
“A Logística Reversa não serve necessariamente para aprimorar a produtividade logística. No entanto, o movimento reverso é justificado sobre uma base social e deve ser acomodado no planejamento do sistema logístico. [...]. O ponto importante é que a estratégia logística não poderá ser formulada sem uma consideração cuidadosa dos requerimentos da logística reversa”. (Bowersox et al, 1986, p. 16).
Os processos de logística reversa têm ocasionado consideráveis retornos para as empresas que o adotaram. O reaproveitamento de materiais e a economia com embalagens retornáveis trouxeram ganhos que estimulam cada vez mais novas iniciativas e esforços em desenvolvimento e melhoria no referido processo. Também não se podem ignorar os custos que o mesmo pode trazer para as empresas, pois, este tipo de processo logístico acarreta custos adicionais, muitas vezes altos, uma vez que procedimentos como armazenagem, separação, conferência e distribuição serão feitos em duplicidade, e assim, os custos também são duplicados.
No Brasil ainda não existe nenhuma legislação que abranja esta questão, e por isso o processo de logística reversa está em difusão e ainda não é encarado pelas empresas como um processo necessário, visto que a maioria das empresas não possui um departamento específico para gerir essa questão, assim, algumas Resoluções são utilizadas, como, por exemplo, a Conama nº 258, de 26/08/99, que estabelece que as empresas fabricantes e as importadoras de pneus ficam obrigadas a coletar e a dar destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis, proporcionalmente às quantidades fabricadas e importadas definidas nesta Resolução, o que praticamente obriga as empresas desse segmento a sustentarem políticas de logística reversa. Este conceito está em constante crescimento no Brasil e no mundo, e fica claro que as empresas, cada vez mais, têm se preocupado em considerar os custos adicionais e as reduções de custos que este processo pode ocasionar. (Souza Júnior, 2009).

Os processos abordados (abastecimento, planta, distribuição e reversa) que juntos compõem o fluxo do produto, devem trabalhar sempre de forma conjunta, tendo em vista que, a busca na redução dos custos acumulados em um processo, pode resultar em um aumento compensatório dos custos em outro. Tal fato reforça a constatação que estes macroprocessos estão interligados para atender o objetivo do sistema logístico integrado. 
As empresas contemporâneas estão desenvolvendo cada vez mais seus processos logísticos, dessa forma, ganhando competitividade, reduzindo os custos e identificando maneiras de melhorar a rentabilidade, ao mesmo tempo, em que busca satisfazer às necessidades dos clientes. Pode-se afirmar que elas terão retorno garantido no seu empreendimento, através de planejamento, organização e controles efetivos para as atividades de armazenagem, programas de produção e entregas dos produtos e serviços. Cabe ressaltar que o sistema de informação, parte complementar do processo logístico, aumenta a eficácia e eficiência do processo de decisão, além de ser uma ferramenta para redução de estoques. Dessa forma, maximiza a integração logística. Sem o referido sistema seria difícil realizar as atividades de contabilizar os produtos, estoques, cargas, pedidos, pagamentos, etc. Por isso, as informações transmitidas para o sistema de informação devem ser confiáveis e sólidas quanto aos seus dados de custos, volume de vendas, quantidade produzida, estoques, entre outras. Em suma, o planejamento na integração logística possibilita o bom andamento da organização.

5. Logística de Transporte 
O transporte é um dos principais sistemas que compõem a logística, pois através dele pode-se alcançar o objetivo da mesma: distribuir o material a partir do produtor até o consumidor, de forma organizada e com um custo reduzido, proporcionando assim, um desenvolvimento econômico em vários setores. Arnold (1999, p. 283) resume a importância do transporte na logística:
O transporte é um ingrediente essencial para o desenvolvimento econômico de qualquer área. Reúne as matérias-primas para a produção de commodities comercializáveis e distribui os produtos da indústria no mercado. Como tal, é um dos principais componentes do tecido econômico-social de um grupo humano, ajudando no desenvolvimento econômico de áreas regionais. 
O sistema de transporte tem peculiaridades próprias e está relacionado a dois aspectos: custo e serviço. Com base nesses aspectos é possível definir qual é o modelo de transporte mais adequado para o tipo de produto a ser transportado, variando de acordo com a quantidade, volume, forma do produto, etc. Para atender a essas necessidades, os meios de transporte estão classificados em cinco tipos diferentes, a saber:
a) Ferroviário – este tipo de transporte utiliza vias, terminais e veículos próprios, sendo assim, boa parte de seus custos de operação são fixos. Portanto, torna-se viável apenas quando há um grande volume de tráfego que possa absorver o alto valor de investimento de capital e seus custos. Embora, a utilização desse tipo de transporte seja inferior em relação ao rodoviário, a exemplo de caminhões, seu custo de serviço é normalmente mais baixo quando utilizado para cargas volumosas de longas distâncias, principalmente no mercado de extração mineral (carvão e hidróxio de potássio) e também no mercado agrícola (grãos e madeira);
b) Rodoviário – os veículos rodoviários, como caminhões e carretas, são responsáveis pela maior parte de transporte de cargas no Brasil. Em comparação com outros meios de transportes seu custo de operação é considerado pequeno, pois não possui vias próprias que necessitem de grandes investimentos, tendo apenas custos de natureza variável, a exemplo, de combustíveis, taxas e impostos, pagos pela utilização das estradas. O uso do transporte rodoviário é mais adequado para a distribuição de produtos de pequeno volume a um mercado disperso, e traz como vantagens: preço competitivo, flexibilidade geográfica de alcançar quase todas as regiões, velocidade de entrega e capacidade de cargas que abrange quase todas as necessidades do mercado;
c) Aéreo – a utilização desse meio de transporte justifica-se por um fator importante: a velocidade dos serviços, especialmente para longas distâncias. Tal necessidade ocorre quando a expedição de um material exige a maior rapidez possível, quase sem levar em consideração os custos, pois, as tarifas áreas representam valores duas vezes mais altos em relação aos cobrados pelas estradas de ferro ou rodoviárias. Por esta razão, o transporte aéreo é normalmente adequado para carga de alto valor e baixo peso, bem como, para itens de emergência;
d) Hidroviário – a principal vantagem do transporte hidroviário é o custo operacional, pois, as vias de acesso são oferecidas pela natureza (incluindo rotas transatlânticas, costeiras e continentais), cabendo à transportadora apenas o pagamento de taxas de utilização dos terminais. Têm-se como exemplos: transporte marítimo que consiste na maneira mais barata e geralmente mais lenta de enviar mercadorias em grandes volumes de cargas e longas distâncias, principalmente intercontinentais e transporte de cabotagem, realizado pelos rios e costas marítimas, sendo este, muito utilizado no Brasil, através de pequenos cargueiros e balsas. Neste contexto, o transporte hidroviário é mais apropriado para o deslocamento de cargas de grande volume e baixo valor para distâncias relativamente longas, dependendo das condições geográficas e da existências de hidrovias disponíveis;
e) Tubulação – apesar dos custos de investimento de capital na implantação do transporte de tubulação ser elevado, este meio de locomoção é considerado mais barato em relação aos demais, porém, seu uso está restrito ao transporte de gases e líquidos como: água (aquedutos), derivados do petróleo (oleodutos) e gás (gasodutos). Estes dutos podem fazer pontes entre países, a exemplo do Brasil e Bolívia que já utilizam o gasoduto, também conhecido como Gasbol.
É imprescindível para as organizações contar com uma administração atenta, que disponibilize de maneira estratégica os pontos de distribuição e recebimento de materiais, adequando os meios de transportes às necessidades e possibilidades das organizações e desta forma, reduzindo seus custos. Pois, da mesma forma que o estoque agrega ao produto valores de tempo, o transporte agrega ao mesmo, valores de lugar.

6. Considerações Finais
É inegável a contribuição da logística integrada para o sucesso das organizações. Pois, esta fornece aos clientes entregas de produtos precisas e dentro de prazos pré-estabelecidos, além de eliminar do processo tudo que não tenha valor para o cliente, ou seja, tudo que acarreta custo e perda de tempo.
Ao longo do trabalho constatou-se que os maiores desafios dos processos logísticos consistem na busca pela maximização das lucratividades; redução do lead time[2] (atualmente, o grande desafio das empresas é trabalhar muito para torná-lo zero); redução dos custos; diminuição do volume de estoque de matéria-prima e insumos, sem prejuízo para a produção e ampliação da capacidade de armazenagem de produtos acabados. Devido à maior competitividade global, há uma crescente necessidade das empresas por uma logística cada vez mais eficiente em seus processos de abastecimento, planta e distribuição, assim como, nos procedimentos de logística reversa e transporte.
A finalidade da logística é atender às demandas do mercado contemporâneo, abrangendo destinos típicos que vão desde a residência do consumidor, as empresas varejistas e atacadistas, até os locais de recebimento das fábricas e os depósitos das empresas. A Logística deve atender aos níveis de serviço do cliente, estabelecidos pela estratégia de marketing, ao menor custo total de seus componentes, ou seja, o somatório dos custos de transporte, armazenagem, processamento de pedidos, estoques, compras e vendas devem apresentar vantagem competitiva.
Dessa forma, verifica-se que é de fundamental importância para o bom desempenho das organizações contarem com uma administração atenta e eficiente, que atue com um planejamento adequado para cada tipo de empresa. Sabendo- se que seja qual for o ramo da organização, a logística integrada fará parte de praticamente todas as suas atividades.


Referências:
ARNOLD, Jr, Tony. Administração de Materiais: uma introdução; tradução Celso Rimoli, Lenita R. Esteves, 1º Ed. São Paulo: Atlas, 1999;
CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégias para a redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo: Pioneira, 1997;
CORONADO, Osmar. Logística Integrada: modelo de gestão, São Paulo: Atlas, 2007;
FARIA, Ana Cristina de, COSTA, Maria de Fátima Gameiro da. Gestão de Custos Logísticos, 1º Ed. São Paulo: Atlas, 2007;
KRIKKE H. Recovery Strategies and Reverse Logístics Network Design. Holanda: BETA – Institute for Business Engineering and Technology Application. 1998.
Site: Conceito de logística: Logística Integrada. Disponível em: <http://www.feg.unesp.br/~fmarins/log/slides/Aulas/Log%20Int.pdf.>. Acesso em 11 de Nov de 2010;
Site: Guia da Construção/Logística integrada. Disponível em: http://revista.construcaomercado.com.br/guia/habitacao-financiamento-imobiliario/95/logistica-integrada-construtora-reduz-desperdicios-e-cria-indices-de-140688-1.asp. Acesso em 11 de Nov de 2010;
Site: Logística Reversa. Disponível em: http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos_de_logistica/Logistica_Reversa_Sergio_Lopes.htm. Acesso em 04 de Dez. de 2010;
Site: Logística Reversa: Oportunidade para Redução de Custos através do Gerenciamento da Cadeia Integrada de Valor. Disponível em: < http://www.bbronline.com.br/artigos.asp?sess=det&id=32>. Acesso em: 28 de Nov. de 2010;


[1] Graduandos do 5º semestre do curso de Administração da Universidade do Estado da Bahia
[2] Tempo de processamento de um pedido, desde o momento que é colocado na empresa até o momento em que o produto é entregue ao cliente. 

Nenhum comentário: