Em vários períodos as nações vão construindo suas participações nos cenários do mundo. No passado, como agora, cada povo tem uma contribuição a dar e um conceito a construir. Do passado ainda convivemos, arqueologicamente, com a exuberância das civilizações egípcia, chinesa, grega, romana e até a asteca. Sabe-se que a maior pirâmide do mundo está no México, outrora território da civilização asteca.
A saga das nações deságua, nestes dois últimos séculos, nas chamadas nações européias colonizadoras. Inclue também os colonizados de sucesso, como os Estados Unidos, Austrália e Canadá, por exemplos. Numa trajetória temporal mais ampla, percebe-se países que em certas épocas já foram importantes e que em outras épocas conheceram a pobreza e o ostracismo.
Em limiar do século 21 a Índia tenta reverter anos de pobreza e reconstruir a sociedade próspera de 4000 anos atrás. Conta com a absorção, a criação, o uso e a venda de novas tecnologias por parte de sua elite ainda pequena, porém muito empreendedora. Esta elite quer arrastar consigo milhões e milhões de indianos, educando-os, modernizando-os e, principalmente, melhorando suas qualidades de vidas.
A China cresce num ritmo acelerado há mais de quinze anos. Não se percebia, mas os chineses vinham dobrando seu produto nacional a cada cinco anos. É um ritmo alucinante que tirou da pobreza de US$1,00 / dia mais de 150 milhões de chineses nos últimos oito anos. Restam apenas 25 milhões de chineses com renda igual ou abaixo de US$30,00 / mês. Nesse ritmo de crescimento a China começa a desbancar a Alemanha como a terceira maior economia do planeta. Em 2006 sua produção atingiu US$2,69 trilhões. Os prognósticos acenam que em 2040 será a maior economia do mundo, superando os EUA, conforme o Banco de Investimentos Goldman Sachs. A China já produz quase 17% da riqueza mundial. O país quer reviver seu mito da época da idade média e do início do século 19, quando chegou a produzir 35% da riqueza do mundo.
Embora fugaz, no início do século 20 o Brasil conheceu, com a borracha, um surto incomum de renda. A moeda nacional se rivalizava com as principais moedas estrangeiras e foi o suporte para finalizar a ocupação nacional da região amazônica. Mas não investimos na tecnologia da produção de borracha, de forma que a saída de algumas mudas de seringueira, levadas pela Inglaterra para a Ásia, mudou o que seria um curso favorável de nossa história. Melhores técnicas produtivas, aumento da produtividade e melhoria da produção asiática desbancaram o Brasil. Hoje o país quer aproveitar aquela amarga experiência e fazer valer seu peso em conhecimento e produção de biocombustíveis. Estamos investindo na tecnologia de produção de álcool e de biodiesel e estamos nos apresentando para o mundo como uma solução em energia renovável e não poluente. Podemos ser o maior produtor de petróleo verde, gerando renda e boa qualidade de vida para a população brasileira. Estamos construindo o cenário atual sendo muito mais cuidadosos e mais atentos.
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