É como a estória do evangelho em que o mendigo se alimenta das migalhas que caem da mesa do rico. É uma reflexão para o Natal. O mundo é desigual, não só entre as nações como dentro delas. O recente relatório da ONU, publicado no dia 05 de dezembro, em Helsinque, onde a instituição mantém a Universidade das Nações Unidas, é muito revelador. As rendas per capita nacionais precisam ser muito altas para se ter uma boa qualidade de vida para as populações. É que nestas rendas médias estão embutidos os altíssimos rendimentos dos lucros corporativos concentrados em alguns megas investidores e detentores de capital. Esses pontos fora da curva ficam tão acima que influenciam o traçado e a posição da curva de renda per capita. Vejamos alguns números do relatório. Apenas 499 pessoas no mundo tem patrimônio superior a 1 bilhão de dólares americanos, o que contribue para que 1% da humanidade aproprie 40% da riqueza global. E mais, 50% d0 patrimônio mundial pertence a apenas 2% da população.
É um vasto contingente de bilhões de pessoas assistindo, de longe, o espetáculo propiciado por uma minoria que objetivamente puxa os cordões. Ainda segundo o relatório, os 50% mais pobres ficam apenas com 1% do bolo. Para calcular é só dividir US$460 bilhões por 3,2 bilhôes de pessoas. Menos de 150 dólares por ano, em torno de 30 reais por mês, 1 real por dia para metade da humanidade.
As nações ricas conseguem oferecer uma média decente de qualidade de vida às populações simplesmente porque produzem muito, são muito empreendedoras. E mesmo concentrando sua riqueza na mão de poucos, ao produzir muito, a renda que sobra para o povão dá conta de uma vida decente. Veja a Alemanha, onde eu estive recentemente: 10% dos alemães apropriam 47% da produção e dos bens nacionais. Mas sobram ainda US$ 1,3 trilhão para as restantes 73 milhões de pessoas, o que propicia uma renda individual média de quase 20 mil dólares por ano. Decentíssima. Neste sistema, aos ricos cabem a manutenção do ritmo de investimentos e o financiamento do estado em troca de juros reais. Quando se tem muito, isso vira uma bola de neve.
Resultado: há que crescer a produção. Não se pode perder tempo nem oportunidade, tem que crescer. Se aquí no Brasil quisermos tirar os flanelinhas das sinaleiras, os meninos das ruas, melhorar a segurança pública, sermos mais limpos, mais silenciosos e vivermos com mais decência, só nos resta produzir cada vez mais. Não se preocupe, o mundo é concentrado mesmo, até nos países ricos. Tem-se que produzir muito para que as sobras melhorem a qualidade de vida de todos. Nisso aqui a ideología faz muito pouco. O segredo é produzir muito mesmo.
Aprendí com o sábio Bruno Hartmut Kopittke que as nações ricas são uma constelação de poucas estrelas.
Integração das pesquisas do Prof. Dr. Laerton de Andrade Lima, seus trabalhos junto às empresas para melhoria da racionalidade na gestão e nas decisões, bem como suas orientações a alunos de doutorado, mestrado e graduação, desenvolvidas nas universidades UNEB e UNESA.
segunda-feira, dezembro 18, 2006
segunda-feira, dezembro 11, 2006
FINAL DE CURSO NAS FACULDADES
É comum para muitos cursos a necessidade de se escrever um trabalho de conclusão, o TCC, no último semestre, como pré-requisito para colação de grau. As faculdades oferecem as disciplinas de metodología do trabalho científico e professores orientadores. Mas os concluintes são quem deve escrever o texto, preparar o trabalho e apresentá-lo. Administração é um desses cursos em que o TCC é obrigatório. Para o professor a beleza de todo esse processo é perceber a transformação daqueles alunos que se envolvem na pesquisa e na construção do texto. Para o aluno a experiencia pode até ser um pouco dolorosa, pois a maioria nunca tinha escrito nada mais denso antes. É preciso muito esforço para desabrochar um bom trabalho, mas acontece. Quase sempre, ao final, os trabalhos dão um salto de qualidade, um salto triplo. E a apoteose é a apresentação nervosa diante da banca, o jovem concluinte, domando nervos, dando uma sequencia lógica ao seu pensamento, se superando, ganhando confiança, conquistando seu grau de bacharel. Lembrando Shakespeare: tudo é bem quando acaba bem.
sexta-feira, dezembro 08, 2006
Estão maltratando a cidade
A crise financeira da prefeitura de Salvador comeca a se refletir nos seus logradouros públicos. A orla, principalmente no trêcho a partir da Boca do Rio até Itapoam, com as obras das barracas de praia em andamento, está horrível. A própria avenida está feia, com vários terrenos baldios e muitas construções abandonadas. Erramos muito, e continuamos no erro, de não termos definido a alguns anos atrás uma forma adequada de ocupação daquele trêcho. Se no passado o poder público não estimulou uma boa ocupação da área, o que se pode fazer, de agora em diante, para reverter este quadro?
quarta-feira, dezembro 06, 2006
LIVRO SAI DO PRELO ESTA SEMANA
Convido vocês para participarem da divulgação do meu livro que sai agora no dia 11 de dezembro. Gestão e Modernização de Empresas é um texto que analisa as transformações dos ambientes produtivos a partir da década de 1980 e traz o leitor até 2005. Nesta trajetória são apresentados os principais modelos de atuação dos gestores nestes últimos 25 anos. É dada uma ênfase especial ao período após 1990, quando se acentua o emprego da tecnología microinformática.O texto apresenta um estudo de caso interessante, de uma empresa muito deficitária no início dos anos 90 e que consegue retomar a prosperidade com o emprêgo de modelos gerenciais inovadores.
A edição é de 500 exemplares e eu espero receber sugestões sôbre a melhor forma de distribuição nas livrarias.
A edição é de 500 exemplares e eu espero receber sugestões sôbre a melhor forma de distribuição nas livrarias.
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